Recentemente o primeiro volume do mangá "Jigokuraku" (Hell's Paradise) foi lançado aqui no Brasil pela editora Panini. Porém, quando li a sinopse não me interessei muito por ser "mais do mesmo". Todavia, resolvi dar uma chance (por que não?) e quando terminei a leitura, tudo que eu pensei é que essa era uma história um pouco fora da curva dos Shōnens já presentes aqui, uma história que expressa a busca do sentido da existência, amor e filosofia pelo uso da violência, e me perguntei por que diabos eu não tinha lido antes?!
- O que é Hell's Paradise?
Jigokuraku, ou Hell's Paradise, é um mangá escrito por Kaku Yuuji, publicado no aplicativo "Jump +" e finalizado com 13 volumes. A obra conta a história de "Gabimaru, o vazio", temido e conhecido como o mais forte dentre os shinobis, que finalmente foi capturado, sendo condenado à morte por decapitação. Entretanto, ele recebe uma proposta de sua executora, Yamada Asaemon Sagiri: Seus crimes serão perdoados se ele obtiver o "Elixir da Imortalidade", que acredita-se estar no paraíso...!! O que o futuro aguarda para este ser?.
- A Narrativa até aqui.
O primeiro volume da obra compila os seis primeiros capítulos e de uma boa maneira consegue fechar com um clímax para o próximo volume.
Neste volume somos apresentados a alguns personagens, temos o início do grande plot e, é claro, o nosso protagonista. Logo de cara o que me surpreende é que, apesar de ser um volume inicial, ele consegue encaixar pontas sobre motivações, desejos e questionamentos que regem cada elemento ali, como por exemplo alguns personagens querem ser os mais fortes, outros vivem pela matança e o ódio, e da forma mais superficial possível, enquanto alguns só estão cumprindo o seu trabalho. Esse tipo de elemento em uma obra Shōnen é raramente visto, devido o dinamismo estar focado totalmente na ação, (não que esse mangá não tenha, tem bastante!). Pontas sobre esses questionamentos de forma profunda é algo bem interessante.
Afinal, o amor pode realmente dar sentido a vida e preencher um coração que só conheceu ódio e matança?
Não podemos esquecer da ação, é claro. Por ser o primeiro volume é compreensível que as coisas de fato não comecem a acontecer por aqui e venham somente nos próximos, mas, mesmo assim, nos poucos momentos de ação a obra entrega ótimas cenas e com ricos detalhes, o autor usa e abusa da violência com cenas de sangue e bastante mortes, e todas são entregues de forma satisfatória.
Nenhum comentário:
Postar um comentário