Recentemente a animação de Shuumatsu no Valkyrie (Record of Ragnarok) estreou na Netflix e eu, como um fã do mangá, resolvi conferir com bastante expectativas (erro meu?...) E, bem, acho que hoje temos bastante coisa para conversar.
- O que é "Record of Ragnarok"?
"Shuumatsu no Valkyrie" (Record of Ragnarok) conta que, a cada 1.000 anos, as divindades se reúnem sob o conselho de Valhalla para decidir sobre o direito da humanidade de continuar vivendo ou deliberar por sua destruição. Desta vez, os deuses estão furiosos com o descaso humano para com o planeta, pendendo assim para aniquilar toda a raça humana. Porém, uma única valquíria os convencem de realizar o Ragnarok, uma batalha mortal entre humanos e deuses para decidir sob sua sobrevivência, onde 13 humanos enfrentarão 13 deuses. Serão estes humanos capazes de colidir com as poderosas divindades?
- A Narrativa é boa?
- A adaptação para anime
Após o lançamento do anime no streaming Netflix, alguns trechos dos episódios logo viraram meme nas redes, e tudo o que a gente pode pensar é "Meu deus, por que!?"
A animação entregue muitas vezes é estática, de certa forma quase sendo uma apresentação em "slides" com transições que parecem ter saído direto do Power Point.
O que não agradou em nada os fãs, uma vez que esse tipo de narrativa exige dinamismo, o centro da obra está em base na movimentação e a fluidez é mais que necessária para isso.
Mas o que aconteceu com o anime para ele ter ficado assim? - você me pergunta, e eu respondo! Dois fatores implicaram bastante para que ocorresse essas limitações na animação.
° Design Original da Obra e tempo°
No quesito design, o mangá de Shuumatsu é bem detalhado em linhas e detalhes dos personagens, e no anime eles quiseram manter isso fielmente, o que custou caro.
Isso por que o designer da obra, Masaki Sato, quis transmitir o estilo dos personagens da forma mais detalhada e fiel possível no anime, o que tornou o projeto complexo demais para se animar, que por sua vez dificultou na contratação dos animadores para a obra (devida a complexidade de linhas dos personagens). Em um anime de lutas como este seria praticamente impossível manter essa qualidade desejada, portanto com os poucos animadores que toparam animar o projeto, maior e mais excessiva foi a cobrança contra o tempo, o que ocasionou no aperto do cronograma e, infelizmente, em cenas estáticas.
- O lado bom
Apesar do anime carecer no quesito animação, ele não é de todo mal, pelo contrário, foram utilizados formas interessante para contornar as limitações da obra, pelo uso de efeitos especiais.
O diretor do projeto, Masao Okubo, investiu bastante em sua especialidade, que é na criação e uso de efeitos. Basicamente, cenas com fogo, raios, luzes e até fumaça, são bem colocadas e de forma majestosa, dando até a sensação de fluidez que o anime necessita, sendo uma ótima jogada para instigar o dinamismo da narrativa.
- Vale a pena?
Se você não se importa tanto com o casting ou com a animação em si, você não se incomodará nenhum pouco. A trama é muito divertida, usando as mitologias e diferentes culturas para inserir a ação de uma ótima maneira, contornando os métodos genéricos que já estamos acostumados nessa mídia. Conta com belos efeitos especiais e lindos designs de personagens, entretanto, infelizmente, é uma obra que devido ao comitê de animação e a própria Netflix não teve um bom tempo de produção e nem um estúdio de alta competência para se realizar um projeto à altura do mangá, mas que, com certeza, vale a experiência.
(Ah, a dublagem brasileira está ótima também, por favor, vejam dublado!)
O anime conta com 12 episódios e está disponível no catálogo da Netflix.
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