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MB Animações - Vivy Fluorite Eye's Song: A ficção e a música

 

"Acredito que o desenvolvimento pleno da inteligência artificial poderia significar o fim da raça humana" - Stephen Hawking



Imagine uma mistura de Ghost in the Shell e idols japonesas, num futuro distópico. O que poderia surgir desta mistura peculiar e será que daria bom? Bem, garanto que algo muito interessante surgiu. e então, ponha seus óculos VR, porque vamos viajar muitos anos no futuro pra falar de uma das obras mais interessantes lançada este ano  "Vivy Fluorite Eye's Song".

 

 

Vivy Fluorite Eye's Song é um anime original da "WIT Studios" com roteiro de "Tappei" Nagatsuki (Criador de Re:Zero), que conta uma história passada em Nearland, um parque temático de inteligências artificiais onde sonhos, esperanças e ciências coexistem. Vivy foi a primeira IA humana a ser desenvolvida, cuja a função é cantar todos os dias para deixar as pessoas felizes.

Entretanto, certo dia ela recebe a inesperada visita de Matsumoto, uma IA que diz vir cem anos do futuro para se juntar a Vivy e impedir que a humanidade entre em guerra com as IA’s.

 



- O enredo

Essa foi uma das histórias que, depois do trailer, eu já sabia que iria me prender e realmente foi isso que aconteceu. Apesar de em sua premissa principal trabalharuma trama de narrativa bem conhecida, sobre robôs que se rebelam, o enredo original é algo tão bem executado que a premissa clichê passa tão despercebida que você encara como algo diferente do já visto anteriormente em obras que abordem este tipo de ficção.

 

 

A animação entrega cenas com o quesito musical de cair o queixo e, logo por cima, com maestria consegue encaixar plots de ações e diálogos de forma impressionante, todos os episódios mantém um núcleo constante de narração que transita sobre assuntos humanos

e éticos sobre o sentido da vida, a felicidade e os riscos de uma sociedade acomodada pela praticidade evolutiva.

 


 

 

Os personagens no geral são bem construídos e suas interações também, toda a jornada da personagem principal para evitar o fim da humanidade é feita com base em mudanças na história, então o conceito de viagens no tempo e ação e reação é bem explorado. A personagem conta com a ajuda de um parceiro, "Matsumoto", uma IA enviada do futuro para auxilia-la, sendo muitas vezes o responsável pelo alívio cômico da narrativa, o que facilita digerir bem as cenas de tensão.

A história também conta com uma narração de pulo temporal, ou seja, todas as tramas ocorrem com um grande espaçamento de tempo entre cada ação, o que é entregue de uma forma surpreendentemente bem feita, não aparentando ter grande furos e cada cena que demonstra estes "pulos" acabam sempre servindo de ponte para um próximo plot.


 

 -A estética

 

Um dos pontos onde a obra mais se destaca é sua animação, nas sequências de lutas e no design dos personagens.Todas foram feitas com maestria pelo staff do Wit Studio, contando com cenas e trilhas sonoras sensacionais. Cada detalhe em quesito técnico é bem produzido, entregando uma narrativa proveitosa digna de produção cinematográfica.

 

-Vale a pena?

Essa foi uma das minhas obras mais aguardadas da temporada e posso dizer com toda certeza que entregou o que prometeu. Toda a produção técnica e de narrativa não deixa a desejar, cada mínimo detalhe desde os momentos dos musicais até as  cenas de lutas, tudo consegue te prender e te surpreender, ao ponto de não fazer ideia do que pode vir. Possui todos os detalhes técnicos de uma ótima produção, sendo também uma ótima crítica sobre o rumo que a sociedade está tomando e o quão perigoso essa praticidade por vir a se tornar.

 

O anime conta com 12 episódios e está disponível na Funimation.

Mariana Rickheim

Mariana Rickheim

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