Rei de Lata é uma história viciante de drama e ação, cheia de crianças com individualidades dignas de estar numa "U.A. Academy (Boku no Hero)" e não só porque elas têm super poderes, mas porque elas também são heroínas de si mesmas!
Sinopse
Em um mundo que, após várias guerras, teve seu pior desastre: foi lançada uma arma biológica que praticamente causou a extinção de todo um país. O que não esperavam é que, após o ataque, toda criança nascida seria propícia a ter uma espécie de "anormalidade" no organismo e, eventualmente, manifestar algum tipo de poder gerado por seu instinto de sobrevivência, trauma ou situação extrema. Por serem os únicos imunes ao ar poluído, passam a ser odiados e temidos por muitos adultos. As super crianças têm que lutar pela sobrevivência em um país pós-guerra.
Você já se imaginou vivendo em um mundo onde não existem mães? Vênus usou uma arma biológica contra Marte e, desde que essas substâncias nocivas começaram a se alastrar pelo ar, todas as crianças nascidas "ganharam" uma anomalia em seu organismo: elas nascem com super poderes mas, em contra partida, as mães morrem logo após o parto. Os super poderes fazem com que elas sejam as únicas pessoas capazes de viver em Marte sem que sejam lentamente envenenadas.
Quinze anos após o grande desastre, somos apresentados a José, uma criança que nasceu sabendo que apenas o mais forte é digno de ganhar alguma coisa. José não poupou poder, nem esforços, e se tornou o Grande Rei do Mundo de seu distrito. O problema é que ninguém gosta de reis tiranos, certo? Então, pouco a pouco, seus súditos se cansam de servir e se rebelam, o que faz com que José acabe sozinho.
Em 2018, logo que Rei de Lata começou a ser postado, comecei a ler mas não engajei o suficiente para acompanhar as atualizações da história. Agora, três anos depois, eu sentei num dia e terminei todos os capítulos no dia seguinte. Essa história podia ser só sobre como adultos não suportam crianças, mas é bem mais do que isso e, olhando Rei de Lata, vejo uma potência e um potencial enorme, além de sentir muito orgulho do Jefferson Ferreira.
A minha parte favorita dessa história é que o Jefferson monta um background para cada personagem. Cada um tem uma história, um trauma e um porquê de ser egoísta (ou um porquê de não ser). E, apesar de ter detestado o José nos primeiros capítulos, e ter desejado muito - mas muito mesmo - que alguém quebrasse a cara dele, eu acabei entendendo suas motivações para ser Rei, que são válidas, e sinceramente, talvez ele seja um bom rei, desde que tenha um Coração junto dele!
Nessa história não existem personagens secundários pois todos são protagonistas de sua própria vida. Inclusive os adultos, que são movidos apenas pela vontade de sobreviver nem que para isso tenham que matar ou acabar aos pouquinhos com a sua própria humanidade. Assim como as crianças, ou como a própria Resistência, nada é de todo bom ou de todo ruim, o que faz com que você entre no dilema de: vou me tornar igual à eles se eu fizer isso ou vou me tornar melhor do que eles caso deixe de fazer determinada coisa? E eu preciso lhe dizer que, para descobrir a resposta, você vai precisar se tornar um súdito do Rei de Lata ou o próximo a enfrentá-lo para tomar a coroa.
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