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MB Review: Chainsaw Man: O Futuro é Realmente ****?




    É comum ver pessoas reclamando na internet que "Shounen hoje em dia é tudo igual" ou que "atualmente só vale a pena ler Seinen". Eu discordo e até entendo que, de fato, existem muitos Shounens sem muita personalidade (o que é algo normal, dado o tamanho do mercado de mangás japonês) e somando ao fato que, querendo ou não, essa demografia é uma das - senão a - mais forte dentro dos mangás, é plausível assumir que existem vários mangakás tentando "emplacar" obras neste segmento. 

    Mesmo com toda essa "saturação", algumas obras estão aí para nos provar que, sim, ainda são feitos bons Shounens hoje em dia (e não são poucos). Para ser sincero, "Chainsaw Man" é um deles.

 


    O mangá de Tatsuki Fujimoto foi publicado na Weekly Shonen Jump entre dezembro de 2018 e dezembro de 2020, totalizando 11 volumes encadernados. Já foi anunciada uma adaptação para anime, feita pelo estúdio MAPPA (o mesmo responsável por Jujutsu Kaisen). É importante lembrar que esses 11 volumes lançados até agora contemplam apenas a "primeira metade" da história. Haverá uma continuação já que a trama não foi totalmente finalizada. Até o momento desta review (março 2021) não temos informações de quando a sequência será iniciada.

 

ENREDO E CONSIDERAÇÕES

    A história acompanha Denji, um rapaz pobre que, ao lado do pequeno Pochita (um demônio que lembra bastante um cachorrinho e que possui uma pequena serra elétrica em seu corpo) atua como caçador de demônios para quitar uma alta dívida que seu pai deixou com a Yakuza. A dívida era tão grande que, no início da trama, Denji já tinha vendido um rim, um olho e até um testículo para tentar sanar o débito. Mesmo com todo seu esforço, a Yakuza embosca Denji e o oferece para um demônio, que o mata. Porém, Denji consegue "ressucitar" ao se fundir com Pochita, por conta de um certo acordo que tinham estabelecido entre si. O rapaz ressurge como um híbrido de humano e demônio e com o poder de criar motosserras pelo seu corpo. 

    Como Denji não é um demônio completo - mas também não é mais totalmente humano - sua vida é poupada por Makima, uma personagem que trabalha para o governo japonês em uma espécie de "esquadrão" anti-demônios, e é recrutado por ela para fazer integrar ao grupo. Como o protagonista sempre viveu uma vida miserável, Denji aceita o trabalho para poder ter um estilo de vida melhor do que estava costumado a levar, e passa a fazer coisas que antes pareciam impossíveis para ele (coisas simples como comer lámen ou se relacionar com uma garota, por exemplo).


 

    Neste primeiro volume temos, basicamente, a introdução de alguns personagens e acompanhamos o Denji em algumas missões no grupo de extermínio de demônios. Quem já leu Fire Punch, do mesmo autor (e publicado no Brasil pela JBC) sabe como são os personagens que Tatsuki Fujimoto gosta de criar. São personagens bizarros, que agem de forma estranha, e não dá pra definir muito bem cada um deles. Sabe aquela pessoa que você não olha e não faz ideia do que se passa na cabeça dela? Pois é, os personagens de Chainsaw Man são assim. Parece que cada um vive num "mundinho" próprio e isso é muito legal, pois faz com que o desenrolar da trama e as ações dos personagens seja bem imprevisíveis. 

    O autor tem um estilo de arte bem peculiar, os personagens são meio "quadradões". Não que a arte seja mal feita, mas à primeira vista pode causar um pouco de estranheza. E, apesar de achar que a arte dele em Fire Punch seja um pouco superior à que vemos em Chainsaw Man, não significa que ela esteja ruim. As páginas com cenas de ação e, tanto o design do próprio Denji quando transformado, quanto o dos demônios que aparecem, são muito interessantes e até meio trash. Por isso, esteja ciente que cenas de violência extrema serão comuns no decorrer da obra, de uma forma que não víamos na Jump há algum tempo.


 

    Somado a isso, a quadrinização do autor faz a leitura fluir muito bem para o primeiro volume. Eventualmente, a história vai evoluir e muitas coisas interessantes irão acontecer, principalmente coisas que darão margem para várias interpretações, assim como foi no título anterior do autor.

VALE A PENA?

    São tempos difíceis para os colecionadores, com o constante aumento dos preços dos quadrinhos em geral, e muitas pessoas têm optado por comprar séries curtas ou volumes únicos. Por conta disso, evitam os Shounens, principalmente os da Jump, já que as séries famosas da revista costumam ser bem longevas. Tendo isso em mente, acho que Chainsaw Man é uma boa pedida, pois, apesar de ter inevitavelmente características tradicionais da demografia e do gênero, o mangá tem uma "pegada" diferente do que estamos acostumados a ver na revista, em especial nos tempos atuais. 

 

    Um ponto que também pesa a favor do título é a quantidade de volumes. Certamente haverá uma continuação, mas a primeira parte do mangá já está completa, ou seja, você não precisa iniciar a coleção sem ter a mínima ideia de quando ela será finalizada! Acho que vale a pena, sim, em especial se você gosta de Shounens e quer ver algo diferente. Além disso, assim que o anime estrear, o mangá será ainda mais procurado e, com quase certeza afirmo que a saga do demônio da motosserra será um hit mundial (isso porque já é bem famoso, hein). 

   Avaliando este primeiro volume em uma escala de 1 a 10, eu daria tranquilamente uma nota 9.

EDIÇÃO

A edição brasileira, da editora Panini, chega ao mercado custando R$ 29,90, com periodicidade bimestral, papel offwhite e no formato de 13,7 x 20 cm. Em suma, no novo padrão da editora. O primeiro volume acompanha marcador de páginas e já está disponível nas bancas e lojas especializadas.

ONDE COMPRAR:


Você sabia que a capa e o marcador de Chainsaw Man brilham "no escuro"? (Funciona com luz Negra)



 

 

 

Como fazer a luz negra com seu celular?

1 - Coloque uma camada de fita adesiva no flash do seu celular
2 - Pinte a camada com caneta permanente azul
3 - Repita os passos 1 e 2 por 4 vezes
4 - Pronto! Ligue o flash pra ver o resultado!








Hugo

Hugo

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