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Análise: Cannon Busters


Após uma longa espera resultada por diversos adiamentos, o mais novo trabalho do estúdio Satelight (Basquash!, Aquarion Series, Heat Guy J) chega como um original da Netflix.




Cannon Busters inicialmente era uma HQ de LeSean Thomas (Children of Ether, The Boondocks, The Legend of Korra), publicada em 2005 pela UDON (Street Fighter, Darkstalkers, Rival Schools) e também pela Devil’s Due (Drafted, Killer7, Voltron: Defender of the Universe). Por mais que a serie tivesse uma boa aceitação, tanto dos leitores quanto da crítica, a HQ foi cancelada após 2 volumes (3, se contar a #0). Thomas planejava dar continuidade para sua aventura em formato Graphic Novel, mas esta acabou por nunca sair.




Em 2014, o autor decidiu abrir um crowdfunding no Kickstarter para um curta animado baseado em sua HQ, que rapidamente arrecadou o suficiente para a produção, se concretizando em 2016. Mas logo em 2017, a Netflix anunciou a produção de uma serie animada de Cannon Busters, produzida pelo competente Satelight, contendo 12 episódios, e com direção e roteiro pelo próprio LeSean Thomas.





Cannon Busters começa com a androide S.A.M, que em busca de ajudar o príncipe de seu reino, se alia a Casey, uma robô mecânica, e juntas procuram por Philly The Kid, um rapaz imortal que tem a cabeça a prêmio, dono de uma bela caranga movida a moedas de 25 centavos, que ao inserir 4 delas, se transforma em um robô gigante.





De modo geral, o estúdio Satelight fez um excelente trabalho. Cheio de cores vibrantes que deixam marca nos vastos desertos e seguimentos bem animados recheados de perseguição e pura pancadaria. O que não chega a ser uma surpresa, levando em conta que se trata de um veterano no assunto "personagens super carismáticos e descolados que pilotam uns robôs extravagantes ao som de umas batidas arrepiantes".

A versão animada é bem diferente da HQ. Absolutamente todos os personagens possuem um designer diferente da versão original, com narrativa e backstories bem superiores. Todos super carismáticos, e bem desbocados.





A serie possui uma forte semelhança com Trigun, sendo simplesmente impossível não se lembrar do deserto louco, cheios de maquinas e caçadores de recompensa do mundo de Vash. Com o autor sendo fã de Trigun e Tengen Toppa Gurren Lagann, fica claro suas inspirações para a versão melhorada de sua obra.

As cenas de duelos e perseguições presentes na serie são surpreendentemente divertidas, acompanhada por excelentes canções de Rap e Hip Hop, contando com uma animação fluída em grande parte desses momentos. Apesar de que na maioria das vezes resulta em mais uma morte para o protagonista, que praticamente morre uma vez por episódio.




Tanto a tradução quanto a dublagem são bem competentes, sem medo de falar palavrões e recheado de gírias que não chegam a atrapalhar em momento algum. Apesar disso, não é exatamente muito marcante, mas passa longe de causar náuseas a quem opta pelo áudio tupiniquim. O Trabalho de voz foi realizado no estúdio Vox Mundi, a direção ficou a cargo do excelentíssimo Fábio Lucindo, com os protagonistas sincronizados pelas vozes de Vitor Mello (Philly The Kid), Bianca Alencar (S.A.M) e Jacque Souza (Casey).





Para aqueles que curtem series onde o protagonista é meio doido e desbocado, que arruma altas confusões em um deserto cheios de maquinas, armas e um humor meio ácido, Cannon Busters é uma ótima pedia. A serie completa já esta disponível na Netflix.
Kaptain!

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