Em 2014, o autor decidiu abrir um crowdfunding no Kickstarter para um curta animado baseado em sua HQ, que rapidamente arrecadou o suficiente para a produção, se concretizando em 2016. Mas logo em 2017, a Netflix anunciou a produção de uma serie animada de Cannon Busters, produzida pelo competente Satelight, contendo 12 episódios, e com direção e roteiro pelo próprio LeSean Thomas.
Cannon Busters começa com a androide S.A.M, que em busca de ajudar o príncipe de seu reino, se alia a Casey, uma robô mecânica, e juntas procuram por Philly The Kid, um rapaz imortal que tem a cabeça a prêmio, dono de uma bela caranga movida a moedas de 25 centavos, que ao inserir 4 delas, se transforma em um robô gigante.
De modo geral, o estúdio Satelight fez um excelente trabalho. Cheio de cores vibrantes que deixam marca nos vastos desertos e seguimentos bem animados recheados de perseguição e pura pancadaria. O que não chega a ser uma surpresa, levando em conta que se trata de um veterano no assunto "personagens super carismáticos e descolados que pilotam uns robôs extravagantes ao som de umas batidas arrepiantes".
A versão animada é bem diferente da HQ. Absolutamente todos os personagens possuem um designer diferente da versão original, com narrativa e backstories bem superiores. Todos super carismáticos, e bem desbocados.
A serie possui uma forte semelhança com Trigun, sendo simplesmente impossível não se lembrar do deserto louco, cheios de maquinas e caçadores de recompensa do mundo de Vash. Com o autor sendo fã de Trigun e Tengen Toppa Gurren Lagann, fica claro suas inspirações para a versão melhorada de sua obra.
As cenas de duelos e perseguições presentes na serie são surpreendentemente divertidas, acompanhada por excelentes canções de Rap e Hip Hop, contando com uma animação fluída em grande parte desses momentos. Apesar de que na maioria das vezes resulta em mais uma morte para o protagonista, que praticamente morre uma vez por episódio.
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