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Análise: Ni No Kuni Filme



Do aclamado estúdio Level-5 Games, também responsáveis pelos sucessos Yokai Watch e Inazuma Eleven, Ni No Kuni é sobre dois mundos espelhados. Um similar ao que vivemos e outro totalmente fantástico. A série é a minha favorita do estúdio, e desde o lançamento deste filme (23 de agosto de 2019), estive ansioso para sua chegada ao Netflix. Que ocorreu dia 16, de forma global. Será que o longa carrega o mesmo encanto e magia presentes nos dois jogos da franquia?



Logo de cara, somos apresentados as “loucuras de um velho”, que estufa o peito ao falar da existência de outro mundo. E seguindo a introdução, conhecemos três amigos responsáveis por levar o filme adiante. Yuu, Haru e Kotona. Os dois amigos expressam sentimentos por Kotona, que após sofrer um atentado, os jovens acabam envolvidos em um acidente que os leva direto para o reino de Evermore, um lugar mágico com seres das mais diversas raças. Mas o amor os forçará a seguir lados opostos na guerra que está por vir.



O filme não tem ligação com os jogos das série, e apenas alguns personagens da franquia aparecerem de relance. A produção foca totalmente na utilização de novos personagens e cenários inéditos. Apesar disso, está longe de passar perto da grandiosidade que são os jogos.

Ni No Kuni Wrath of the White Witch.

Ni No Kuni II Revenant Kingdom.


O filme se foca mais na ação, cheios de combates ao estilo medieval do que em alguma aventura, com pouca magia sendo usada pelos personagens principais.

Quase nenhuma outra raça além da humana é mostrada em foco, provavelmente pela curta duração do filme. Fica a sensação de que a maioria esmagadora dos moradores de Evermore são humanos.

Alias, a pouca duração é um dos grades inimigos para imersão total do longa, tendo em mente que o universo de Ni No Kuni é vastamente explorável. Além de que os personagens, fora os dois principais são pouco desenvolvidos ou até mesmo ganham quase nada de tempo em tela, os tornando esquecíveis rapidamente.



Os jogos também contam com parceiros ao estilo Pokémon, que possuem toda uma árvore de evolução com diversas fases. Eles ficaram totalmente de fora da versão das telonas.



Joe Hisaishi (Mononoke Hime, Ponyo), compositor do estúdio Ghibli e dos jogos da franquia também esta presente neste longa, com trilhas épicas e inéditas junto de remix de outras canções já conhecidas.

Com direção do animador Yoshiyuki Momose (The Legend of Galact Heroes, Hotaru no Haka) do Studio Ghibli, a produção apesar de similar, em nada tem a ver com a casa de Miyazaki. Produzido pela OLM e de responsabilidade da Warner Bros. no fim das contas foi bem mediano nos cinemas japoneses, mas com o lançamento mundial, esperasse uma boa audiência por parte do grande público.



Enquanto nas telonas recebemos uma adaptação relativamente boa, no mundo dos jogos o anúncio por Akihiri Hino do terceiro game da franquia aumenta o hype entre os fãs. O presidente já garantiu que a campanha será ainda mais longa e com um mundo bem maior.
Kaptain!

Kaptain!

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