Me lembro que após o final de Nisekoi, eu havia prometido a
mim mesmo que jamais veria um mangá estilo “harém” com Slice of Life novamente.
Além das fórmulas extremamente batidas, eu havia me cansado da proposta e
principalmente pelo destaque vir geralmente de um protagonista sem nenhum
atrativo, era praticamente uma ode à mediocridade.
Quando We Never Learn (conhecido assim no ocidente, no Japão
o título é Bokutachi wa Benkyou ga Dekinai, e sim, tive que colar do google
a galera costuma chamar a obra de Bokuben), saiu em 2017, me chamou a atenção a
sinopse e a arte, e com a maldita mania de sempre ler ao menos o capítulo 1 das
obras da Jump, eu fui conferir.
A Obra
Se existe uma coisa que uma obra Harém consegue fazer, é te
prender rápido, e isso We Never Learn faz com maestria. Começando com a bela
arte de Taishi Tsutsui, o autor estreante na Jump semanal, mas longe de ser
desconhecido (ele fez inclusive um Spin off de Steins Gate) consegue fisgar
rapidamente, seu roteiro também é interessante, e como autor experiente e com
várias obras publicadas ele conseguiu rapidamente unir uma excelente forma para
se manter na revista.
Nariuyuki Yuiga é um aluno do último ano escolar no Japão, e
ele é um gênio da dedicação e trabalho duro, e seria o melhor nas matérias
básicas escolares se não fosse por dois pequenos elementos, as geniais Rizu
Ogata e Fumino Furuhashi. Ambas são prodígios respectivamente na área de
humanas e exatas, e mesmo com todos os esforços de Yuiga, ele simplesmente não
consegue chegar no mesmo nível delas.
No Japão, o ingresso em uma faculdade acontece através de forma particular, com o aluno pagando ela através de crédito estudantil (que obviamente deve ser pago pelo aluno, ou no caso, o que é comum, pelos seus tutores), mas muitos alunos conseguem o vínculo através dos esportes ou em um caráter muito raro pela recomendação especial de uma escola, e é justamente esta última que Yuiga procura.
Como a história tem que acontecer, Yuiga está às portas da
entrevista para receber, e o diretor concorda, contanto que ele cumpra uma
condição especial, simplesmente tutorar as duas alunas para que elas consigam
ir para a faculdade e levar o nome da escola. Só tem um problema: elas não
querem seguir a área em que são geniais!
Mesmo assim, Yuiga pensa que terá uma tarefa fácil, visto
que se são gênios, elas poderiam conseguir qualquer coisa, mas rapidamente ele
percebe a grande dificuldade de elas entenderem qualquer coisa que seja
diferente da área em que dominam. Assim, Ogata que é gênio em exatas, não
consegue entender absolutamente nada da área de humanas, assim como Furuhashi
que é gênio em humana, não consegue fazer uma simples equação. Somada com a
personalidade forte das duas, ele começa o desafio para conseguir a
recomendação.
Para fechar o harém, no primeiro volume também somos
apresentados a Uruka Takemoto, que é um gênio da natação, mas com suas notas
tão aquém, ela precisa de um reforço forte e acaba também entrando no programa
de tutor.
Obviamente a grande maioria dos clichês estão lá, espere
também o de sempre, escorregões que levam a situações embaraçosas, e toda
aquela “inocência” que é sempre pintada pelas obras japonesas. Mas sua temática
leva pouco para o ecchi e foca muito bem no roteiro.
A obra será finalizada no Japão com 21 volumes.
No Brasil
O mangá começou a ser publicado pela Panini em 2020 e segue
o padrão da linha editorial atual, a capa é a Cartão e o miolo em papel
OffWhite, o mesmo utilizado na maioria das obras.
A primeira edição vem com um marcador e assim como todo Tanko da jump conta com um pequeno freetalk do autor na contra capa da edição. A periodicidade da obra é bimestral.
Assim como Pandaman em One Piece, o autor esconde em todos
os capítulos um “Boneco Galileu” como desafio para os fãs para encontrarem. Boa
sorte!
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