“Comprar ou não Comprar, eis a Questão!”
Olá meus amigos!
Quando a Panini Mangas anunciou na CCXP 2015 que ela publicaria Vagabond aqui no Brasil, foi a maior comoção dentro daquele auditório. Sim, eu estava lá! Agora que já temos data, preço, formato, muitos ainda se perguntam se vale a pena comprar. Então, eu trouxe um dos maiores fã do Brasil, quiçá do mundo e entendedor do assunto pra dá aquele empurrão final e levar você a compreender que sim, Vagabond merece estar na sua coleção. Com as palavras nosso amigo e parceiro Leonardo Rodrigues da Vagabond Brasil:
“O mangá conta a história de Miyamoto Musashi, um famoso samurai criador do estilo Niten Ichi Ryu. Trata-se, em muitos aspectos, de um dos mangás mais ambiciosos já criado, e embora seja impossível medir o esforço individual, não me surpreenderia se Takehiko Inoue trabalhou duas vezes mais duro ou tão quanto outro mangaká.
Embora baseado em um romance famoso, ele diverge várias vezes do livro e não se deve tomar a história narrada no mangá como a biografia, existe um livro chamado “Musashi”, escrito por Eiji Yoshikawa, que será mais útil se o seu interesse é saber mais sobre Miyamoto Musashi. Todo o estilo de contar histórias de Vagabond é inteiramente baseado no crescimento e desenvolvimento dos personagens ao longo de muitos anos. Isso de nenhuma maneira é uma coisa ruim, porque o desenvolvimento do caráter presente em Vagabond é excelente.
Musashi cresce a partir que avançamos na história, de um jovem imaturo e violento para um homem espiritualmente iluminado, guerreiro e é incrivelmente fascinante e cativante de se ver. Os restantes dos personagens também obtêm um ótimo desenvolvimento, o suficiente para torná-los distintos e memoráveis.
Vagabond é uma das obras mais genuinamente japonesa que eu já li, e não no estereotipado anime/mangá. Há muitos momentos de ação em Vagabond que em qualquer outro mangá teria sido objeto de julgamento; sendo um Seinen, não se utiliza somente de violência gráfica, nudez e outros conteúdos semelhantes de uma obra adulta. No entanto, esses eventos são apresentados com muita mais naturalidade e através de uma narrativa totalmente diferente do que a maioria das histórias apresenta.
Enquanto isto pode potencialmente alienar algumas pessoas, eu achei muito fascinante, como se eu estivesse olhando através de algo que foi feito por uma pessoa que é muito diferente de mim. Claro, eu seria negligente se não mencionasse a parte incrivelmente importante que é Vagabond, a sua arte, que o autor desempenha em sua excelência. Simplificando, Takehiko Inoue é indiscutivelmente o artista de mangá mais qualificado do Japão atualmente. Ele atingiu um nível de desenho que está muito além da maioria dos artistas de quadrinhos em geral, sejam eles oriental ou ocidental.
O design dos personagens em Vagabond tem uma quantidade absurda de esforço para eles; não só são todos completamente distintos um do outro, mas eles são muitos detalhados e realistas, muito mais do que outros mangás. Takehiko Inoue tem uma forte visão de proporção, forma, perspectiva, o peso da linha, e todos os outros pontos artísticos fundamentais.
Um grande ponto a favor de Vagabond é que ao contrário de outras obras igualmente bem ilustradas como Berserk, a arte de Vagabond começa realmente forte para começar e só se torna melhor com o passar do tempo. Esta perícia crescente é talvez a melhor representação do desafio que levou o Inoue a usar pincel em seu trabalho ao invés de canetas de tinta tradicionais. Usando um pincel é muito mais difícil e requer um monte de controle, mas os resultados são evidentes: Vagabond desenvolve gradualmente ilustrações extremamente exuberante e bela que só seria possível com esta ferramenta. Seu uso magistral do pincel é um dos muitos testemunhos da experiência de Takehiko Inoue.
Boa parte da história não é baseada somente em ação, mas em reflexões espirituais e filosóficas por Musashi e o resto do elenco. Geralmente, estes momentos são perspicazes e até mesmo quase espirituais, mas muito ocasionalmente eles podem ser um pouco pretensioso. Independentemente das pausas que o mangá sofre, ainda é uma obra-prima na indústria de quadrinhos que todos deveriam ler. A qualidade da arte, pesquisa e paixão que foi para ele são inegáveis.”
Vagabond encontra-se em hiato no Japão com 37 volumes publicados.
Aqui no Brasil está previsto para lançamento em fevereiro (10 de fevereiro a 10 de março, conforme funciona o checklist da Panini), sendo que sua publicação começará desde o volume #1, será mensal e terá distribuição nacional.
Contará com papel OFF-SET 90g (formato semelhante ao de Hideout, mas com 256 páginas), capa com acabamento fosco, verniz localizado e orelhas, páginas coloridas (as mesmas da edição original japonesa da Morning, conforme solicitado pelo autor). O preço será R$17,90. E terá assinatura.
Está a fim de saber mais sobre Vagabond? Acompanhe as novidades sobre o mangá, sobre o autor Inoue-sensei e tudo mais na Vagabond Brasil [https://goo.gl/JsWF8V].
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Viste a Galeria de Capas de Vagabond: [https://goo.gl/nCmYwf]
July
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